Django utiliza Trac para o gerenciamento do trabalho no código base. Trac é um jardim comunitário de bugs que pessoas encontraram e de funcionalidades que pessoas gostariam de ver adicionadas. Como em qualquer jardim, algumas vezes existem ervas daninhas para serem retiradas e algumas vezes existem flores e vegetais para serem colhidos. Nós precisamos da sua ajuda para separar um do outro, e no final todos nós nos beneficiamos.
Como em todos os jardins, nós podemos buscar a perfeição mas na realidade não existe algo assim. Até mesmo nos jardins mais puros existem lesmas e insetos. Em um jardim comunitário também existem pessoas que – com a melhor das intenções – fertilizam as ervas daninhas e envenenam as flores. É trabalho da comunidade como um todo se auto-gerenciar, reduzir problemas, e educar quem ingressa na comunidade de modo que eles possam contribuir e se tornar membros valiosos.
De modo similar, embora nós busquemos fazer com que o Trac seja uma representação perfeita do estado de progresso do Django, nós reconhecemos que isso simplesmente não vai acontecer. Ao distribuir a carga de manutenção do Trac para a comunidade, nós aceitamos que erros irão acontecer. Trac é “quase perfeito” e nós damos consentimento para o fato de que às vezes ele estará errado. Isso é normal Nós somos perfeccionistas com prazos.
Nós confiamos na comunidade para continuar participando, manter os tickets tão atualizados e corretos quanto for possível, e levantar problemas para discussão em nossas listas de email quando existirem desentendimentos ou confusão.
Django é um projeto comunitário, e cada contribuição ajuda. Nós não podemos fazer isso sem vocês!
Infelizmente, nem todos os relatos de bugs e solicitações de novas funcionalidades no rastreador de tickets fornecem todos os detalhes necessários. Um número de tickets possui patches, mas esses patches não atendem a todos os requisitos de um bom patch.
One way to help out is to triage tickets that have been created by other users.
A maior parte do fluxo de trabalho é baseada em torno do conceito de tickets estágios de triagem. Cada estágio descreve em que parte de seu clico de vida um ticket está em um dado momento. Além de várias tags, esse atributo nos diz claramente o que e quem o ticket está aguardando.
Já que uma imagem vale mais que mil palavras, vamos começar aqui:
Nós temos dois perfis neste diagrama:
Como exemplo, aqui nós podemos ver o ciclo de vida de um ticket comum:
Alguns tickets precisam de bem menos feedback do que esse, mas então novamente outros tickets requerem muito, muito mais.
Abaixo são descritos em mais detalhes os vários estágios que um ticket pode possuir durante o seu tempo de vida.
O ticket não foi revisado por ninguém que tenha se sentido qualificado para decidir se o ticket contém um problema válido, uma funcionalidade viável, ou se deveria ser fechado por qualquer uma das várias razões possíveis.
A grande área cinzenta! O sentido absoluto de “aceito” é que o problema descrito no ticket é válido e está em algum estágio no processo de ser resolvido. Além disso existem vários considerações:
Aceito + Nenhuma Tag
O ticket é válido, mas ninguém enviou um patch ainda. Geralmente isso significa que você pode começar a escrever um para ele com segurança. Isso costuma ser mais válido para os casos de bugs aceitos do que para novas funcionalidades aceitas. Um ticket para um bug que foi aceito significa que o problema verificado no ticket foi constatado por pelo menos um agente de triagem - e provavelmente deve ser corrigido se possível. Uma funcionalidade aceita pode significar apenas que um agente de triagem considerou a nova funcionalidade como algo bom de se ter, mas isso sozinho não representa um consenso ou implica que um patch deva ser aceito para essa funcionalidade. Procure mais feedback antes de escrever patchs extensos se você estiver em dúvida.
Aceito + Possui Patch
O ticket está aguardando por pessoas para revisar o patch fornecido. Isso significa baixar o patch e usá-lo, verificando se ele contém testes e documentação, executando a suíte de testes incluídas com o patch, e deixando feedback no ticket.
Aceito + Possui Patch + Precisa …
Isso significa que o ticket foi revisado, e constatado que ele precisa de mais trabalho. “Precisa de testes” e “Precisa de documentação” são auto-explicativos. “Patch precisa de melhorias” geralmente estará acompanhado de um comentário no ticket explicando o que ele precisa para melhorar.
O ticket foi revisado por um membro da comunidade diferente da pessoa que o forneceu e constatou-se que ele atende os requisitos para um patch pronto para o commit. Um committer agora precisará dar ao patch uma revisão final antes de ele ser commitado. Veja a FAQ Novos voluntários’ para “Meu ticket está eternamente em RFC! O que eu devo fazer?”
This stage isn’t shown on the diagram. It’s used sparingly to keep track of high-level ideas or long term feature requests.
Esses tickes são incomuns e no fim das contas menos úteis já que eles não descrevem problemas concretos e acionáveis. Eles são pedidos de melhorias que nós podemos considerar adicionar algum dia ao framework se um excelente patch é submetido. Eles não são uma grande prioridade.
Um número de tags, aparecendo como checkboxes no Trac, podem ser ativdadas no ticket:
Isso significa que o ticket tem um patch associado. Eles serão revisados para saber se o patch é “bom”.
Os três campos seguintes (Precisa de documentação, Precisa de testes, Patch precisa de melhorias) se aplicam apenas se o patch foi submetido.
Essa tag é usada para tickets com patches sem documentação associada. Documentação completa de funcionalidades é um pré-requisito antes de nós adicionarmos elas no código base.
Essa tag indica que o patch precisa de testes unitários. Novamente, isso é um pré-requisito para um patch válido.
Essa tag significa que embora o ticket tenha um patch, esse patch não está exatamente pronto para o checkin. Isso pode indicar que o patch não se aplica mais de forma clara, que existe uma falha na implementação, ou que o código não atende nossos padrões.
Tickets que podem precisar de patches pequenos e simples.
Os tickets devem ser categorizados por tipo entre:
Tickets devem ser classificados dentro de componentes indicando qual área do código base do Django eles pertencem. Isso faz com que os tickets fiquem melhor organizados e mais fáceis de encontrar.
O atributo severidade é usado para identificar bloqueadores, isto é, problemas que devem ser corrigidos antes do lançamento da próxima versão do Django. Tipicamente esses problemas são bugs causando regressões de versões anteriores ou potencialmente causando perdas de dados severas. Este atributo é muito raramente usado e a grande maioria dos tickets tem um nível de severidade “Normal”.
É possível usar o atributo “versão” para indicar em qual versão o bug relatado foi identificado.
Esta tag é utilizada para tickets que estão relacionados a questões de interface de usuário e de experiência de usuário. Por exemplo, essa tag seria apropriada para funcionalidades que os usuários podem ver nos formulários ou na interface do admin.
Você pode adicionar o seu username ou endereço de email neste campo para ser notificado quando novas contribuições forem feitas ao ticket.
Com esse campo você poderá adicionar rótulos a um ticket com múltiplas palavras-chave. Isso pode ser útil, por exemplo, para agrupar vários tickets de uma mesmo tema. Palavras-chave podem ser separadas tanto por vírgulas quanto por espaços. Buscas por palavras-chave encontram suas respectivas strings independentemente do local. Por exemplo, clicando em um ticket com a palavra-chave “formulário” irá trazer tickets similares taggeados com palavras-chave contendo strings como “formset”, “modelformset”, e “ManagamentForm”.
Quando um ticket completa o seu ciclo de vida útil, chegou a hora de fechá-lo. Porém, fechar um ticket é uma grande responsabilidade. Você precisa ter certeza que o problema está realmente resolvido, e você precisa manter em mente que quem reportou o ticket pode não gostar de ter tido o seu ticket fechado (a não ser que o problema tenha sido corrigido, claro). Se você não tem certeza se deve fechá-lo, ao invés fechá-lo, deixe um comentário com sua opinião a respeito.
Se você realmente for fechar um ticket, você sempre deve ter certeza de que:
Um ticket pode ser resolvido de diversas maneiras:
If you believe that the ticket was closed in error – because you’re still having the issue, or it’s popped up somewhere else, or the triagers have made a mistake – please reopen the ticket and provide further information. Again, please do not reopen tickets that have been marked as “wontfix” and bring the issue to django-developers instead.
O processo de triagem é controlado primeiramente pelos membros da comunidade. De verdade, QUALQUER PESSOA pode ajudar.
Para contribuir, comece criando uma conta no Trac. Se você tem uma conta mas esqueceu a sua senha, você pode resetá-la usando a página de recuperação de senha.
A partir disso, você poderá ajudar com:
Nota
A página de reports contém links para muitas consultas úteis no Trac, incluindo várias que podem ser usadas na triagem dos tickets e na revisão de patches como sugerido acima.
Você também pode encontrar mais em novos-voluntários.
Porém, nós pedimos o seguinte de todos os membros da comunidade trabalhando no banco de dados de tickets:
Uma regressão é um bug que está presente em alguma versão nova do Django mas não em versões mais antigas. Uma informação extremamente valiosa é o commit que introduziu a regressão. Saber qual foi o commit que causou a mudança de comportamento ajuda a identificar se a mudança foi intencional ou se ela foi um efeito colateral inesperado. Aqui vamos mostrar como você pode determinar isso.
Comece escrevendo um teste de regressão na suíte de testes do Django para o problema. Por exemplo, nós vamos imaginar que nós estamos debugando uma regressão nas migrações. Depois de você ter escrito o teste e confirmado que ele falha na última versão da master, coloque-o em um arquivo separado que você possa rodar sozinho. Para o nosso exemplo, nós vamos imaginar que nós criamos o arquivo tests/migrations/test_regression.py
, que pode ser rodado com:
$ ./runtests.py migrations.test_regression
Em seguida, marque o ponto atual no histórico como sendo “ruim” já que o teste falhou:
$ git bisect bad
You need to start by "git bisect start"
Do you want me to do it for you [Y/n]? y
Agora, nós precisamos encontrar um ponto no histórico do git anterior a introdução da regressão (por exemplo, um ponto onde os testes passam). Utilize algo como git checkout HEAD~100
para fazer checkout de uma revisão anterior (100 commits antes, neste caso). Verifique se os testes falham. Se isso ocorrer, marque o ponto como sendo “ruim” (“git bisect bad”), então faça checkout de uma revisão mais antiga e verifique novamente. Quando você encontrar uma revisão em que os seus testes passam, marque ela como “boa”:
$ git bisect good
Bisecting: X revisions left to test after this (roughly Y steps)
...
Agora nós estamos prontos para a parte divertida: usar o comando git bisect run
para automatizar o resto do processo:
$ git bisect run tests/runtests.py migrations.test_regression
Você deverá ver o git bisect
usando uma busca binária para automaticamente fazer checkout de revisões entre os commits bons e os commits ruins até que ele encontre o primeiro commit “ruim” onde o teste falha.
Agora, mostre os seus resultados no ticket do Trac, e por favor inclua o teste de regressão como um anexo. Quando alguém escreve uma correção para o bug, eles já terão o seu teste como uma referência de por onde começar.
dez 02, 2017